“Por que tudo de errado acontece na minha vida amorosa?”
Essa pergunta é muito comum, e ninguém pode dar uma resposta precisa, mas parte do problema realmente tem a participação da pessoa que se queixa.
Se um problema acontece uma vez, duas ou três podemos dizer que foi algo aleatório ou mera incompatibilidade casual. O problema é quando o problema se repete de muitos jeitos parecidos e por causas semelhantes. Lembro de uma garota que nunca conseguia atravessar a barreira dos dois meses com os rapazes e de um moço que nunca rompia os 5 meses. Era muito curioso notar a semelhança do tempo de rescindência. Não é tão óbvio precisar, mas existe algum comportamento ou traço da personalidade que causam algum tipo de desconforto ou repelência que merece ser analisado com cuidado.
Algumas perguntas podem ajudar a oferecer a pista:
– Liste os motivos alegados dos rompimentos que teve.
– Pergunte para cinco amigos (de preferência de turmas diferentes) sobre o que na hipótese deles pode ser o fator de rompimento.
– Analise as atitudes concretas que teve na fase pré-término (queixas da outra parte, comportamentos inflexíveis da sua parte), não aquilo que idealizou, mas o que aconteceu.
Agora cito algumas justificativas que já ouvi da parte de quem deu o pé na bunda:
– Eu odiava passar um domingo na casa daquela família maluca.
– O sujeito fumava maconha a tal ponto de não conseguir tocar nada adiante.
– Ele trabalhava tanto que era impossível marcar um compromisso com hora certa.
– Ela tinha um apego doentio com a mãe que dava até medo, não passava um dia sem que passassem horas ao telefone.
– A menina ficava mexendo no meu celular e queria saber com quantas garotas eu dormi e como foi.
– A incapacidade dela de se mexer para pegar um copo d’água era bizarramente estranha.
– Não me lembro de uma vez que ele não acordou de mau humor ou reclamando da vida.
– Sua capacidade de ficar horas no video-game ignorando minha presença era odiosa.
– O chulé dele era insuportável e mesmo dando uns toques chegou uma hora que eu desisti por medo de querer cortar o seu pé fora.
– A adoração que tinha por aquele cachorro irritante era pior do que mãe superprotetora.
– A sogra era um demônio.
– Pão-duro, nunca vi alguém que fosse capaz de colocar dinheiro em todo assunto.
– Ele palitava o dente como um animal sem nenhum pudor, mesmo em situações abertamente inapropriadas.
– Escrevia e falava errado, eu tinha vergonha disso.
– Tinha uma preguiça para aprender qualquer coisa nova, totalmente patética.
– Seus amigos são de uma imbecilidade sem fim, e ele não desgrudava deles eu parecia um apêndice.
– Totalmente incapaz de ceder o melhor pedaço do bolo, só pensava em si.
– Tinha um mau gosto para roupa que nada poderia mudar.
Eu poderia passar horas descrevendo motivos aparentemente banais que retratassem motivos pelos quais as pessoas são deixadas. Essas razões bobas, e realistas, costumam ser a ponta do iceberg já que denunciam algo em comum, elas não estão disponíveis emocionalmente para compartilhar espaço com mais alguém. Racionalmente podem achar que estão inclinadas a um amor, mas na prática estão mais apegadas à hábitos e posturas nada simpáticas e pouco equilibradas.
Simples assim
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