Quando a gente ama, a vida é contada em sorrisos
Quando amamos, não contamos mais a vida em segundos, mas pelo número de vezes que aquele sorriso nos iluminou. Aquele que nem preciso dizer qual é e de que tipo foi, mas que se sabe exatamente como reage em nós. E, ainda bem, já perdi a conta aqui de quantas vezes vi o seu e sorri junto só por estar ali te olhando.
Sei do exagero que falo, que sou e do que faço algumas vezes ao se tratar de você, mas se são atitudes que vem do coração, que mal tem nelas? Quero apenas poder continuar a ser esse cara escolhido pelos seus beijos, agarrado pelas suas mãos e privilegiado por ser uma parte da sua alegria.
O esforço é diário, aprendi. Não há como existir uma conformação com o que já se tem. Com o que já temos. Vamos construindo, dia após dia, as bases da solidez que teremos daqui a alguns anos. Tempo esse que, espero, apenas reitere e nos torne cada vez mais um par singular. Unidade. O Casal.
E ali, na dureza de construir algo que muitos só tem desejo de ver acabadinho e pronto, poderemos ser prova de que o sentimento ainda vive, ainda arde. Sentimento que ainda é capaz de transformar dois indivíduos vacilantes, com seus sucos de Frutas Vermelhas nas mãos dos primeiros encontros, em duas convicções de que a estrada do deveria ter corrido para esse mar mesmo.
Mar de amor navegável, tranquilo e que não se desespera com a chegada.
Sabemos, enfim, que nada cresce da noite pro dia. Relacionamento, assim como os jardins, só crescem com carinho e atenção, regados rotineiramente e apaixonadamente. Assim como fazemos todos os dias com esse nosso pequeno presente da vida: eu, você é a chance de transformar esses singulares em primeira pessoa do plural. Nós. Atados, amarrados e sem contar segundos, apenas sorrisos.
Até que nenhum número sacie.
Até que percamos a conta de em quantos momentos somos felizes.
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