Tu és tudo que há

Encontro a tua casa até de olhos fechados. Reconheço a tua voz a quilômetros de distância. Reconheceria teu cheiro em meio a uma multidão e, a tua respiração, sob qualquer circunstância. Minhas cócegas reconhecem teus dedos, os desejos do meu corpo também. Teus olhares, que reconhecem meus medos, são os mesmos olhares que me fazem refém. Nossas lágrimas passeiam de mãos dadas com as nossas saudades, nossos encontros sempre encontram caminhos para acontecer. Contigo confundo sonho com realidade, sem ti desconheço motivos para amanhecer.

Passei boa parte da minha vida, passando pela tua rua, pela calçada da tua casa, alheio à tua existência. Nada mais justo que compensar, e fazer de nós um só lar e uma só correspondência. Teu café é tão quente quanto a tua capacidade, de aquecer o meu corpo quando há necessidade. Teu hálito é tão puro quanto nascente de rio, teus dentes são a chave para a minha claridade.

Assumo todos os riscos de estar contigo, pelo simples motivo de poder estar contigo. Quero uma casa no campo aberto dos teus encantos. Quero compreender cada um dos teus risos e cada único pranto. Quero ser o barulho de chuva que embala o teu sono e conforta os teus ouvidos. Quero ser o telhado que abriga do sol, cada milímetro da tua pele sensível.

Escreverei milhares de vezes a minha admiração, até que compreendas que o que sinto é amor, não devoção. E a destinar-te este poema, afirmo com todas as letras, que tu és tudo que há de mais importante, para o bom funcionamento do meu coração.

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