How I Met Your Mother – Em tempos de Scherbatsky, prefiro ser Mosby
Não, eu não tenho nada contra a Robin. Inclusive, admiro toda a força, determinação e autossuficiência que ela tem. Mas na real, eu prefiro ser como o Ted, e já vou te explicar o porquê.
Existe uma parada chamada responsabilidade afetiva, que muita gente não faz a mínima ideia do que se trata. E falta isso pra senhorita Scherbatsky. Sabe aquela famigerada frase do pequeno príncipe, tão comum nos status dessas redes sociais de meu Deus?! “Tu se torna eternamente responsável por aquilo que cativas”. Então. Ela é a pura verdade, cara. E se você não tá afim, então não cativa. Não cultiva. Só joga limpo, saca? Não tem problema você querer algo casual, contanto que a outra pessoa esteja ciente disso. Sinceridade é cláusula pétrea em qualquer relação. E aqui não cabem as entrelinhas e nem letrinhas miúdas.
Tem aquela outra frase famosa, que geralmente é bem comum após os relacionamentos mal sucedidos, muitas vezes vindo da parte da sociedade que recebeu o pé no meio do traseiro: “A maior covardia de um homem é despertar o amor de uma mulher, sem ter a intenção de amá-la”. Bob Marley (nada de creditar pra Clarice Lispector ou pro Caio Fernando Abreu, hein?!).
É clichê?! Pra caralho, mas às vezes os clichês são bem verdades e precisam ser ditos. Aliás, é covardia pra ambos os lados, tá?! Robin foi covarde. Mesmo não querendo, se manteve por perto e continuou fodendo os pensamentos do pobre menino Mosby. É esse o lance da responsabilidade afetiva que eu falei lá no começo. Irresponsabilidade, no caso. É fazer promessas vãs e apelar pra outra pessoa no momento de carência. É aquela mensagem ‘despretensiosa’ no meio da madrugada, dizendo que ‘tô com saudade’, ‘não paro de pensar na gente’, sabe?! Saudade meu cu! Fala que tá com tesão, que quer transar, mas não fode o psicológico do coleguinha, okay?!
Ninguém é obrigado a corresponder os sentimentos de outra pessoa, tampouco atender às expectativas que depositam sobre si. Mas se tu não quer, mete o pé! Viu como é simples?!
Que falte tudo. Que acabe o papel higiênico na hora de fazer o número dois, que acabe a cerveja no meio do churrasco, mas que não nos falte a capacidade de sermos empáticos com os sonhos e sentimentos das outras pessoas. Porque a lei do retorno é implacável.
Porque eu sei que, em algum momento, vou deixar de ser contatinho da madrugada, pra ser contato de emergência de alguém que, assim como eu, resolveu ser responsável afetivamente, ao invés de fazer joguinhos infantis.
Por isso que em tempos de Scherbatsky, prefiro ser Mosby. Porque amar é o que eu faço de melhor e sigo me reinventando a cada dia. Precipitado? Às vezes. Mas amando as pequenas coisas da vida, intensamente, sempre!
Aliás, eu já contei pra vocês como eu conheci sua mãe?
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