Não vai haver outro alguém

Não alguém como você. Ou como qualquer outra pessoa que já passou na minha vida. A verdade é essa: Toda vez que a gente começa uma história com alguém e ela termina, a gente continua com a sensação de que não vai haver outro alguém. E não vai. Não vai porque cada um é ímpar, tem particularidades e jeitos que não mais ser encontradas por aí.

Por isso, a sensação de vazio, a dor, a negação do “adeus” e o medo de que nunca mais exista um novo “eu tô aqui”. Pessoas deixam marcas, deixam presentes, camisetas na gaveta, deixam manias e principalmente: Deixam saudade.

E o que dói na saudade não é o fato dela existir. É o fato de depender de duas pessoas para que ela desapareça. E, na maioria das vezes, só uma parte está disposta a matá-la. É isso que dói. A falta de reciprocidade no fim. O fato de ter que seguir carregando pedaços do outro, o fato de continuar sabendo que não seremos mais os mesmos e que não há nada que pode ser feito, a não ser aceitar. Aceitar que não vai haver outro alguém. Não alguém igual.

E, pensando pelo lado positivo, que bom que é assim. Porque acredito que depois que a dor passa, a gente enxerga a lição e pode carregar, em paz, tudo o que o outro deixou. E falando em deixar, agora eu volto a me dirigir a você…

Você não só me deixou, como ignorou tudo o que a sua partida, silenciosa, me provocaria. E, honestamente, eu não esperava isso, mas como você diz: “Vida que segue”. Então, “vida que segue”. Mas, só quero que saiba que não vai haver outro alguém como você. Um dia, eu vou agradecer por isso. Mas por hoje, eu me permito sentir tristeza por ter perdido a possibilidade dessa história. Hoje, eu me permito sentir saudade do primeiro capítulo. Hoje, eu me permito a sensação de que não vai haver outro alguém.

Amanhã… Amanhã é outro dia.

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