Queria eu
Queria ter mais certeza dos sorrisos que me pedem. Queria eu, viver de amor pela vida. Amar baixinho. Expor meu coração ao mundo e mostrar como ele também sorri com os sorrisos, e risos, dos outros.
Queria eu, que o mundo não fosse tão competente em atrasar as nossas felicidades por receio de olhares apequenados que nos rodeiam. Como se não pudéssemos ser aquilo tudo. Como se tivéssemos que ter medo de quem nunca nem nos abriu a janela dos lábios. Como se erros de essência confusa não fossem uma variável na vida de todos.
Queria eu, mais beijos de lábios fechados e cabeça pensante. Menos olhares esmaecidos e mais consciências leves. Queria também que as pessoas tivessem mais convicção da sua sina no mundo, e não somente no coração de alguém. Mas, acima de tudo, queria sempre me fazer leve como se eu me dissesse a verdade de quem sou todos os dias.
Queria eu, procurar afeto de amor e verdade no mundo e o encontrar, como um óculos que insiste em se esconder de baixo do meu nariz.
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