Talvez a gente precise aprender a viver mais
Dia desses eu soube da morte de um conhecido num acidente e, de repente, me peguei num turbilhão de reflexões… É sempre triste demais quando alguém – conhecido ou não – morre assim, num acidente, do dia pra noite, de supetão.
Fico mal demais com essas notícias. Fico pensando na fragilidade da vida, na fugacidade das coisas, no vapor da realidade… Fico aqui pensando que a gente é bobo demais.
A gente briga por causa de texto de ex-namorado na Folha, por causa de lançamento de filme, por causa do Moro e do Lula, por causa do milkshake do Bob’s… A gente se ama pouco demais.
A gente fica triste por causa de dois quilos na balança. Por causa de espinha na cara. A gente fica triste pelo fim do pacote de dados e por causa de chefe chato.
A gente demora pra responder, faz cu doce e jogo duro. A gente rejeita convite. Não pede desculpas. A gente corta relações por causa de time e de voto.
A gente tem vergonha de dizer que gosta de alguém. A gente deixa tudo pra depois. A gente nega carinho, briga com irmão, com amigo e até com a mãe…
Sei que agora fiquei emotiva e amanhã, na liquidez do dia-a-dia, devo voltar a me aborrecer com o meu culote. Mas sei lá… Talvez a gente precise aprender a viver mais…
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