Toda mulher é plural
Qualquer palavra que complemente a frase “ela é…” é enganosa. Nenhuma mulher é só, nenhuma mulher é isso. Todas somos muitas. E, por mais que se tente resumir em uma expressão, nem 20 isso seria possível.
Toda mulher é o amor da vida de alguém: ela mesma. É pra ela que decide a melhor cor de sombra ou solta os cabelos volumosos. É pro espelho que troca as melhores caras é nele que se vê, é com ele que se entende.
Toda mulher é sexy. Mesmo a carola (exatamente porque carola?). Mesmo a chefe séria, mesmo a colega de trabalho tímida, mesmo quem catequisa para o resguardo. Todas têm um sex appeal, todas têm um estilo de lingerie e um jeito único de tirá-la. Absolutamente todas as mulheres têm um olhar de tesão que destinam ao seu homem (seja seu por um minuto ou uma vida inteira). Toda mulher é um vulcão.
Toda mulher é mãe. Tem sentimento maternal com os amigos que vivem desilusões, com os namorados doentes precisando de cuidados, com o querer receber bem quem nos visita e querer que todos saiam satisfeitos (pra não dizer embuchados).
Toda mulher é um pouco viúva dos amores que morreram e um pouco órfã dos que não viveu. Consegue ver nas entrelinhas de um poema motivos para lembrar de que não lembram, sofrer por quem não devem. Toda mulher é exagero.
Toda mulher é super-heroína que vence diariamente os seus medos e a sua insegurança para estar mais perto de si mesma. “Toda mulher é uma laranja inteira”.
Toda mulher não é uma. Toda mulher é plural. E é exatamente por isso que não há como prever as reações, julgar as decisões ou querer mal a uma mulher. Porque uma delas, essas tantas que vivem em cada uma de nós, é exatamente quem você procura. Ou de quem foge.
“Camaleão, não há o que me revele. O meu viver não tem padrão”
PS: Este texto é inspirado pela leitura de As Mulheres que Possuo, de Nathalí Macedo
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