Todo final é pai de um novo começo
Você nunca sabe qual rumo que a vida vai tomar. Deseja que siga para alguns de seus sonhos ou objetivos e que acabe por lá mesmo. Espera a inevitabilidade de ser feliz depois de um tempo procurando por isso. O que a gente não para nunca para pensar são os percalços que se enfrenta até chegar nesse semi-utópico “lá”. É por isso que, sem dúvida, a estrada sempre vai ser mais divertida do que a chegada. É por isso que o fim, mesmo sendo o desfecho pra tudo aquilo que se quer, é apenas um pedacinho pequeno de toda a história.
A viagem em si é bem mais importante. Pode ser, inclusive, que no meio dessa trajetória você pense, repense, inverta prioridades e descubra que estava indo na direção errada. Ou precipitada. Quem sabe, então, vai acabar se dando conta de que lugares antes passageiros se tornaram verdadeiras moradas. Lugares esses que não se restringem apenas a cidades ou localidades propriamente ditas. Esses lugares podem ser pessoas, sentimentos e outras coisas que nos pegam com aquele gostinho bom de “é exatamente aqui onde eu quero e deveria estar”.
E a gente nunca sabe onde pode acabar parando.
Aliás, se tem uma coisa que entendi, é que não se deve parar nunca. É preciso manter essa inquietude de aprender e descobrir, procurando ser melhor a cada dia. O amor vem na esteira junto com isso tudo. Para ele, sempre se quer um porto-seguro, mas é fundamental perceber que esse porto é apenas o ponto de partida para qualquer outro lugar, agora junto de alguém. Até porque, nessa coisa de rodar na longa estrada que é a vida, ter uma companhia para admirar a vista e um abraço pra chamar de lar é dar um colorido maior a tudo. E que não se tenha pressa em achá-lo.
A maioria das coisas que se tornam fundamentais na nossa vida nos chegam como se fossem dispensáveis, mas acabam ficando por provarem o quanto precisamos delas. Ah, e tem mais: há tanto para se viver e descobrir que o fim de um ciclo tem que ser tratado apenas como mais uma etapa. Assim, descobrindo que existem mais chegadas e partidas do que podemos imaginar, vamos tateando nosso futuro devagar, até que chegamos a um ponto em que nos perguntamos “é aqui mesmo onde eu quero estar?”.
Se você for de “não”, reafirma-se o propósito de continuar. Se for de “sim”, perceberá que precisa continuar também, mesmo que julgue ser o final daquela jornada. De uma forma ou de outra, vai continuar seguindo porque enxergará que vida tem seus ciclos. Sempre há algo por fazer. Algo diferente. Algo por viver.
Porque todo final é pai de um novo começo.
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