Um texto para as mulheres que não querem ser homens
Minha experiência com as mulheres é muito curiosa. Minha primeira experiência sexual foi aos catorze anos, com a vizinha da frente, de 31 anos. Minha primeira experiência sexual estando a mulher também presente no ato foi somente aos dezoito. Um pouco tardio para um jovem da geração dos anos oitenta/noventa. Eu era tímido, mais magro do que sou hoje, nerd, não levava o menor jeito com mulheres. Até que lá pelos vinte e dois tudo mudou.
Quando comecei a escrever profissionalmente percebi que escrever atrai bastante as mulheres, principalmente as nessa idade. E foi assim que começou a minha carreira de escritor: escrevendo para comer mulher. Se hoje eu escrevo bem, devo agradecer àquelas que foram para a cama comigo levadas pelas minhas palavras escritas. Tal qual um flautista de Hamelin eu usava meu talento somente pra isso. E acreditem, funcionava. Não com todas, mas com a maioria. Até que eu percebi que eu podia, alem de usar aquilo com as mulheres, viver disso. Não viver de mulheres, mas viver de escrever.
E hoje eu vivo de escrever. Dá pra perceber que as mulheres já têm uma importância vital na minha vida. Mesmo me fazendo escrever “vital na minha vida” em um texto aos 33 anos de idade. E eu gosto muito de mulher. Não no sentido maníaco tarado, mas no lato sensu. Prefiro amigas mulheres, chefes mulheres, colegas de trabalho mulheres. Na pior das hipóteses você não vai apanhar se brigarem, e você não vai se sentir gay por fazer sexo com elas para reconciliar-se.
Infelizmente as mulheres hoje em dia se preocupam muito com essa bobagem de quererem ser iguais aos homens. As mulheres nunca serão iguais aos homens por um motivo muito simples: elas são diferentes. E vejo mulheres copiarem homens nas coisas mais negativas, como a promiscuidade, a infidelidade compulsiva etc. Não lutem pelo direito de poderem ser imbecis como muitos de nós somos. Acreditem, nós gostamos mais de vocês como vocês são.
E não venham com esse papo de que homens se intimidam com mulheres independentes. Balela. Homens gostam de mulheres independentes, só não gostamos de mulheres que se comportam como homens idiotas. Até porque, nós também não gostamos dos próprios homens sendo idiotas. A diferença existe sim e é isso que faz tudo valer a pena. Não lutem pelos mesmos direitos nossos, lutem por direitos somente de vocês, mas sem deixarem de ser quem vocês são. Não lutem pelo direito de poderem ir para a cama com dezenas de homens sem serem julgadas. Lutem pelo direito de serem bem resolvidas e não precisarem ir para a cama com dezenas de homens, até porque, homens que fazem isso também não são tão bem resolvidos com eles mesmos.
Não lutem por coisas idiotas que a sociedade aceita em nós homens. Ser uma mulher feminina não faz de vocês inferiores. Muito pelo contrario. É preciso uma boa dose de autoconfiança para ignorar esses conceitos feministóides e se assumir assim. Mulher pode sim chorar com filme, pode sim chorar com flores, pode sim sonhar em casar de branco. Não lutem pelo direito de poderem agir como homens, ajam melhor que nós.
PS: Uma última homenagem e um agradecimento à Irene, minha namorada, por me aturar, me ajudar e estar sempre do meu lado quando eu reclamo. E eu reclamo bastante. Eu te amo, mas me frustrou não ter te conquistado com um texto, e somente pela minha beleza, charme e sensualidade.
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