Se deixe pirar nas letras dos Engenheiros do Hawaii
Apesar de amar Santa Catarina quase que incondicionalmente (sim, moro em Blumenau, no Vale do Itajaí), não há como negar: o sotaque gaúcho é demais. Mas quando o sotaque vira só um detalhe em meio as letras incríveis, aos temas inspiradores e à traduções (hora simples de doer, hora complicadas para sorrir) do que a gente sente, é sinal de amor. E é amor o que eu sinto por Engenheiros do Hawaii.
O grupo lançou seu primeiro disco em 1986. Aquele tempo em que o rock explodia no país inteiro. Junto com o TNT (outra banda que vale muito conhecer!), representou muito bem os gaúchos mas com uma pegada completamente diferente de todo o resto. Eu adoro Legião Urbana, Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso e Titãs. Mas não dá pra negar que Engenheiros é completamente diferente de todas elas.
A diferença talvez tenha nome, livros lançados e um senso de humor um tanto quanto peculiar: Humberto Gessinger. Genial sempre, ele é a figura central da banda e tem entre os admiradores aquelas pessoas que você nunca imagina que vão se declarar fãs de alguém (confesso que ando toda orgulhosa com a minha art-shirt exclusiva da Vanessa Neuber com a cabeça dele on fire).
Mas, muito melhor do que eu ficar aqui tentando encontrar palavras para falar deles, é deixar que eles cantem pra vocês. Então vamos a nossa setlist de hoje!
“Toda vez que falta luz / Toda vez que algo nos falta / O invisível nos salta aos olhos”
“Há mais de mil destinos em cada esquina / outras vidas esperando em cada esquina”
“Eu que não fumo queria um cigarro / Eu que não amo você / Envelheci dez anos ou mais nesse último mês”
“Há tantos quadros na parede / há tantas formas de se ver o mesmo quadro”
“Eu fui sincero / Como não se pode ser/ E um erro assim tão vulgar / Nos persegue a noite inteira / E quando acaba a bebedeira / Ele consegue nos achar”
“Que o teu silêncio me agride / E não me agrada ser / Um calendário do ano passado”
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